O estudo, publicado no *Annals of Internal Medicine*, surge num momento em que a desinformação sobre vacinas continua a ser um problema global, muitas vezes amplificado por ferramentas de Inteligência Artificial. Investigações sobre chatbots de IA revelaram que estes podem ser facilmente programados para gerar desinformação sobre saúde, incluindo alegações falsas sobre vacinas causarem autismo. Num estudo, 88% das respostas de saúde geradas por IA continham informações falsas, embora apresentadas com um tom formal e referências fabricadas que as faziam parecer legítimas. A teoria original que ligava a vacina MMR (sarampo, papeira e rubéola) ao autismo baseou-se num estudo fraudulento de 1998, que foi posteriormente retratado. Apesar de ter sido desacreditado por inúmeros estudos, o mito persiste, alimentado por ativistas anti-vacinas. Niklas Andersson, um dos autores do novo estudo dinamarquês, descreveu os resultados como "tranquilizadores", afirmando que "não encontrámos nada que indique que a quantidade muito pequena de alumínio utilizada no programa de vacinação infantil aumente o risco de 50 problemas de saúde diferentes na infância". Os investigadores esperam que estes dados ajudem a dissipar a desinformação e a restaurar a confiança na segurança e eficácia das vacinas.
