Uma investigação publicada na *Nature Communications*, baseada em dados do Reino Unido, utilizou ressonâncias magnéticas para comparar um grupo de controlo (com imagens pré-pandemia) e um "grupo pandémico". Concluiu-se que os cérebros do segundo grupo envelheceram em média 5,5 meses mais rapidamente, um efeito mais pronunciado em homens e em pessoas em situações precárias, como desemprego ou baixos rendimentos. O estudo associou o envelhecimento acelerado a um declínio no desempenho cognitivo, especialmente em flexibilidade mental e velocidade de processamento, em indivíduos que foram infetados com o SARS-CoV-2. Outros estudos reforçam esta preocupação, ligando a infeção por COVID-19 a um risco aumentado de desenvolver a doença de Alzheimer. A neuroinflamação causada pelo vírus é apontada como uma causa provável, com investigações a mostrarem que a COVID-19 pode aumentar os níveis de citocinas e placas de beta-amiloide no cérebro, proteínas associadas à doença de Alzheimer. Uma das vias de invasão do sistema nervoso central pelo vírus parece ser através do sistema olfativo, o que é consistente com a perda de olfato ser um sintoma precoce tanto da COVID-19 como da doença de Alzheimer.
