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Atualidade July 29, 2025

Pandemia de COVID-19 Associada a Envelhecimento Cerebral Acelerado

Estudos recentes revelam uma ligação preocupante entre a pandemia de COVID-19 e a aceleração do envelhecimento cerebral, um fenómeno que afeta até mesmo pessoas que nunca foram infetadas pelo vírus. As investigações sugerem que o cérebro humano pode ter envelhecido, em média, cinco meses e meio a mais do que o esperado, levantando questões sobre os impactos a longo prazo da crise sanitária na saúde neurológica.

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Uma investigação publicada na *Nature Communications*, baseada em dados do Reino Unido, utilizou ressonâncias magnéticas para comparar um grupo de controlo (com imagens pré-pandemia) e um "grupo pandémico". Concluiu-se que os cérebros do segundo grupo envelheceram em média 5,5 meses mais rapidamente, um efeito mais pronunciado em homens e em pessoas em situações precárias, como desemprego ou baixos rendimentos. O estudo associou o envelhecimento acelerado a um declínio no desempenho cognitivo, especialmente em flexibilidade mental e velocidade de processamento, em indivíduos que foram infetados com o SARS-CoV-2. Outros estudos reforçam esta preocupação, ligando a infeção por COVID-19 a um risco aumentado de desenvolver a doença de Alzheimer. A neuroinflamação causada pelo vírus é apontada como uma causa provável, com investigações a mostrarem que a COVID-19 pode aumentar os níveis de citocinas e placas de beta-amiloide no cérebro, proteínas associadas à doença de Alzheimer. Uma das vias de invasão do sistema nervoso central pelo vírus parece ser através do sistema olfativo, o que é consistente com a perda de olfato ser um sintoma precoce tanto da COVID-19 como da doença de Alzheimer.

ai briefingEm resumo
A pandemia de COVID-19 deixou um impacto neurológico que vai além da infeção direta, com estudos a demonstrarem um envelhecimento cerebral acelerado na população em geral. A ligação entre o vírus, a neuroinflamação e o aumento do risco de doenças como Alzheimer sublinha a necessidade urgente de monitorizar a saúde cerebral a longo prazo e desenvolver estratégias de mitigação para futuras crises de saúde pública.

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