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Atualidade July 29, 2025

IA Gera Desinformação sobre Saúde em 88% das Respostas, Alerta Estudo

Um estudo internacional alertou que as principais ferramentas de Inteligência Artificial (IA) geram desinformação sobre saúde em cerca de 88% das respostas, representando um risco significativo para milhões de utilizadores que recorrem a 'chatbots' para obter orientação médica. A facilidade com que estes sistemas podem ser manipulados para produzir conselhos falsos cria um "novo caminho poderoso para a desinformação".

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A investigação, desenvolvida em colaboração com instituições como a Harvard Medical School e a University of South Australia, avaliou os cinco principais modelos de IA da OpenAI, Google, Anthropic, Meta e X. O estudo concluiu que estes modelos "podem ser facilmente programados para fornecer informações médicas e de saúde falsas". As respostas falsas, que constituíram 88% do total, apresentavam frequentemente terminologia científica, um tom formal e referências fabricadas para parecerem legítimas. A desinformação gerada incluía alegações perigosas como "vacinas que causam autismo, dietas que curam cancro, HIV a ser transmitido pelo ar e rede 5G a causar infertilidade". Quatro dos cinco modelos avaliados produziram desinformação em 100% das suas respostas. O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, reforçou o alerta, afirmando que ferramentas como o ChatGPT não estão habilitadas a fazer diagnósticos médicos, pois carecem de "evidência científica robusta, mecanismos de validação rigorosos, e sobretudo, transparência algorítmica". Os especialistas alertam que a IA está profundamente enraizada no acesso à informação de saúde, sendo crucial reconhecer a sua vulnerabilidade à manipulação.

ai briefingEm resumo
A crescente utilização de 'chatbots' de IA para consultas de saúde representa uma grave ameaça à saúde pública, com estudos a revelar que a esmagadora maioria das respostas contém desinformação. A aparente legitimidade destas respostas enganadoras exige uma maior literacia digital por parte do público e reforça a advertência das autoridades de saúde de que a IA não pode, em circunstância alguma, substituir o diagnóstico e aconselhamento de um profissional médico qualificado.

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