A abordagem inovadora não visa um tipo específico de tumor, mas sim estimular uma resposta imunitária robusta e generalizada. Os cientistas combinaram uma vacina de mRNA não específica com inibidores do ponto de controlo imunitário, conseguindo fortalecer o sistema imunitário dos roedores para que este atacasse as células cancerígenas. Elias Sayour, oncologista pediátrico e líder do estudo, descreveu a descoberta como “uma observação muito inesperada e empolgante”. O investigador acrescentou que “esta descoberta é uma prova de conceito de que essas vacinas podem ser comercializadas como vacinas universais contra o cancro, para sensibilizar o sistema imunitário contra o tumor individual de cada paciente”. A tecnologia de mRNA funciona fornecendo às células as instruções (mRNA) para produzirem proteínas específicas, neste caso, proteínas que o sistema imunitário reconhece como uma ameaça e ataca, criando uma memória para futuras defesas. A equipa está agora a preparar-se para iniciar um ensaio clínico em humanos, um passo crucial para validar a eficácia e segurança desta abordagem revolucionária no tratamento oncológico.
