As novas linhagens detetadas — NB.1.8.1., LP.8.1. e XFG — não parecem, até ao momento, causar doença mais grave nem comprometer a eficácia das vacinas existentes, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). Bernardo Gomes, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), explicou que o comportamento do vírus é “expectável”, dado que a sua elevada transmissibilidade permite a ocorrência de ondas secundárias mesmo fora da época invernal. “Não é um sinal de alarme”, afirmou, sublinhando que a estratégia de vacinação sazonal de reforço no inverno continua a ser a mais adequada, focada nos indivíduos mais vulneráveis. A DGS alertou, no entanto, que a imunidade populacional pode estar “parcialmente diminuída” devido à baixa circulação do vírus no último inverno e ao tempo decorrido desde a última vacinação, o que poderá levar a um aumento de internamentos nas próximas semanas, especialmente entre os mais idosos. A situação atual, embora sob controlo, serve como um lembrete da necessidade de manter hábitos de prevenção, como a ventilação de espaços e o uso de máscara em caso de sintomas, para mitigar o impacto das infeções respiratórias.
