A diversidade terapêutica dos ensaios submetidos demonstra um interesse alargado por parte dos promotores em várias áreas da saúde.
A oncologia continua a ser a área predominante, com 38 pedidos, seguida por doenças do sistema imunitário (14) e do sistema nervoso (9). Outras áreas com um número relevante de ensaios incluem doenças cardiovasculares, do sistema digestivo, oculares, respiratórias e da pele, além de estudos em saúde mental, infeções bacterianas, doenças metabólicas e doenças raras.
Esta variedade, segundo o Infarmed, contribui para "o avanço científico e para o acesso dos doentes a novas terapêuticas". A eficiência do processo de avaliação em Portugal é um dos fatores-chave para este crescimento. Nos ensaios mononacionais, o tempo médio de autorização foi de 31 dias, um prazo que reflete o compromisso da autoridade em acelerar os processos sem comprometer o rigor. A autorização de um ensaio clínico depende do parecer favorável da Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC) e da aprovação do Infarmed. Joel Passarinho, diretor da Unidade de Investigação Clínica (UIC) do Infarmed, afirmou que estes resultados demonstram "a confiança dos promotores na capacidade do sistema nacional para acolher investigação clínica de qualidade" e refletem "o esforço contínuo do Infarmed em promover condições para acelerar os prazos dos ensaios clínicos".