Esta revelação poderá abrir portas a tratamentos revolucionários para doenças crónicas e neurodegenerativas, como a diabetes ou a doença de Alzheimer.

Os investigadores, da Universidade de Utah, focaram-se num grupo de genes conhecido como FTO, associado à massa gorda e obesidade.

Nos animais que hibernam, estes genes regulam o armazenamento de gordura e energia, permitindo-lhes sobreviver longos períodos sem alimento.

Nos humanos, a mesma região do ADN está associada a um maior risco de obesidade.

A investigação sugere que a principal diferença reside na regulação destes genes.

Ao inserir os clusters de genes FTO de animais hibernantes em ratinhos, os cientistas observaram alterações significativas no peso e no metabolismo dos roedores. A coautora do estudo, Susan Steinwand, explicou que a eliminação de um pequeno elemento nessa região do ADN "muda a atividade de centenas de genes".

Se a ciência conseguir desvendar como ativar ou desativar estes "interruptores" genéticos nos humanos, poderíamos, teoricamente, ajustar o nosso metabolismo para combater doenças, de forma semelhante à que os animais hibernantes o fazem ao despertar da hibernação.