A nova portaria limita a prescrição destes medicamentos a especialistas de endocrinologia e nutrição, medicina interna, pediatria e medicina geral e familiar.
A medida surge em resposta à elevada procura destes fármacos para fins de emagrecimento, o que tem causado dificuldades de acesso para os doentes diabéticos.
No entanto, a decisão foi recebida com fortes críticas por parte de outras especialidades.
A Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC) condenou as novas restrições, apelando a uma “revisão urgente” da decisão e defendendo que a prescrição deveria ser alargada a todas as especialidades envolvidas no tratamento do AVC.
Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, João Raposo, a medida, embora importante por tentar encontrar uma solução, é apenas "um remendo face à situação atual". De forma semelhante, José Silva Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, expressou ceticismo, afirmando não acreditar que a restrição resolva totalmente as dificuldades de acesso para os doentes. A controvérsia evidencia o dilema entre garantir o acesso a tratamentos essenciais para doentes crónicos e gerir o uso off-label de medicamentos populares, com os especialistas a temerem que a solução encontrada crie novas barreiras no tratamento de outras doenças graves.













