O governo de Moçambique anunciou a receção de vacinas contra a mpox em setembro para conter um surto que já infetou dezenas de pessoas em várias províncias. A medida surge num contexto de reforço da vigilância fronteiriça e de aumento da capacidade de testagem local para travar a propagação do vírus. O surto, que teve o seu epicentro na província de Niassa, no norte do país, alastrou-se a outras regiões, incluindo Manica e a província de Maputo, com o número de casos confirmados a subir para 38, segundo os dados mais recentes. Em resposta, o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, afirmou que o Ministério da Saúde receberá "um determinado tipo de vacina para garantir que fica de alguma forma em 'stock' para, em casos de prevenção e aconselhamento, possa utilizar". Esta abordagem sugere uma estratégia de vacinação direcionada em vez de uma campanha em massa.
Para além da aquisição de vacinas, as autoridades moçambicanas reforçaram a vigilância nas fronteiras, com equipas de rastreio e testagem, e apostaram no rastreamento comunitário. O país aumentou a sua capacidade de diagnóstico, dispondo agora de 4.000 testes que podem ser realizados localmente.
A resposta ao surto atual é vista como uma melhoria em relação a 2022, destacando-se a colaboração com países vizinhos, como o Malawi, na identificação e comunicação de casos.
Em resumoFace a um surto de mpox em expansão, Moçambique irá receber vacinas em setembro como parte de uma estratégia de contenção reforçada. A medida complementa o aumento da capacidade de testagem e a vigilância fronteiriça, visando controlar a propagação do vírus que já afeta múltiplas províncias do país.