A exclusão de outras especialidades relevantes, como a cardiologia, foi recebida com duras críticas. A Sociedade Portuguesa do AVC (SPAVC) condenou a decisão, apelando a uma “revisão urgente” da mesma para que se alargue a possibilidade de prescrição a todas as especialidades diretamente envolvidas no tratamento de doentes com AVC, muitos dos quais são diabéticos.

Também os cardiologistas manifestaram preocupação, afirmando que a portaria pode comprometer a qualidade dos cuidados prestados.

A controvérsia levanta questões sobre a lógica por detrás da política de saúde, que parece contrariar uma abordagem multidisciplinar e integrada no tratamento de doentes crónicos complexos. Embora os motivos da restrição não sejam explicitados nos artigos, esta poderá estar relacionada com a gestão de custos ou a tentativa de garantir uma prescrição mais criteriosa.

No entanto, para as sociedades médicas, a medida cria barreiras burocráticas que podem atrasar o acesso a tratamentos essenciais e fragmentar o percurso do doente no sistema de saúde.