Estas situações demonstram os desafios que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta para garantir a continuidade dos tratamentos.

Os artigos noticiam problemas distintos, mas que convergem na mesma temática.

Nos Açores, uma falha administrativa resultou na suspensão, durante dez dias, da comparticipação de medicamentos essenciais para a diabetes, como o Ozempic e o Trulicity.

A situação foi denunciada pelo Partido Socialista, que acusou o Governo Regional de “penalizar diabéticos” e de os obrigar a suportar o custo total dos fármacos. Em paralelo, a nível nacional, associações de doentes renais e transplantados pedem uma “revisão de portaria” que regula a comparticipação. O seu objetivo é que a prescrição de certos medicamentos e dispositivos possa ser feita por nefrologistas e equipas de transplantação, que atualmente não estão incluídos nas exceções previstas, o que, na sua perspetiva, limita o acesso a cuidados adequados. Estes dois casos, um de natureza administrativa e outro de cariz regulamentar, ilustram as barreiras que os doentes crónicos podem encontrar no acesso a tratamentos comparticipados, levantando questões sobre a eficiência e a equidade do sistema.