Esta medida preventiva visa mitigar o risco de transmissão de vírus de animais para humanos, como a gripe das aves, e o potencial surgimento de uma pandemia. A norma da DGS, publicada em agosto, define uma nova estratégia de vacinação para diminuir o risco de transmissão de vírus influenza zoonóticos, como o H5N1, de animais infetados para pessoas expostas. A elegibilidade para a vacina foi estendida a profissionais que contactam diretamente com animais doentes ou mortos, abrangendo agora funcionários dos Centros de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS), do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, vigilantes da natureza do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e dos serviços veterinários municipais. Estes juntam-se a outros grupos já considerados de risco, como equipas de resposta rápida a focos de gripe e profissionais de laboratório que manipulam amostras potencialmente contaminadas. A estratégia visa não só proteger os trabalhadores, mas também reduzir o "risco de ocorrência de surtos em humanos" e diminuir a probabilidade de um rearranjo genético entre vírus influenza humanos e zoonóticos, um evento que poderia despoletar uma nova pandemia.

A DGS sublinha que, embora a transmissão do H5N1 para humanos seja rara, a infeção pode resultar num quadro clínico grave.

A par desta vacina específica, a DGS recomenda também a vacinação sazonal contra a gripe a estes grupos de risco.