A Plataforma, que agrega nove entidades representativas, entregou à Ministra da Saúde o "Plano de Motivação e Valorização", que visa responder a desafios como a precariedade contratual, a estagnação nas carreiras, os níveis alarmantes de stress e a crescente emigração de profissionais. O documento recorda que, segundo dados da própria entidade, apenas 10% dos jovens profissionais se declaram satisfeitos com as suas condições de trabalho.
Para reverter este cenário, o plano propõe soluções organizadas em cinco eixos: carreiras e condições contratuais; planeamento de recursos humanos; formação contínua; bem-estar e saúde mental; e transdisciplinaridade. Entre as medidas concretas, destacam-se a criação e reformulação de grelhas salariais, incentivos para a fixação em zonas carenciadas com uma majoração salarial de pelo menos 40% nos primeiros cinco anos, a criação de programas de prevenção do burnout e a implementação de projetos-piloto com horários mais sustentáveis. Lucas Chambel, representante da Plataforma, descreve o plano como "uma proposta de ação concreta para garantir um sistema de saúde mais justo, sustentável e centrado nas pessoas", esperando que seja um "ponto de viragem na forma como o país cuida de quem cuida".














