No entanto, a comunicação desta medida foi ofuscada por uma polémica política.

Ao anunciar o pacote de ajudas, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, referiu também a “isenção de taxas moderadoras”. A ex-ministra da Saúde, Marta Temido, reagiu prontamente, afirmando ter “estremecido ao ouvir” tal anúncio, uma vez que as taxas moderadoras na maioria dos serviços do SNS, salvo urgências não referenciadas, foram abolidas em maio de 2022.

A crítica forçou o Governo a emitir um esclarecimento, especificando que a isenção se aplicava apenas aos “doentes não referenciados” que recorressem às urgências.

A controvérsia destacou a importância da precisão na comunicação governamental em momentos de crise, desviando o foco da medida principal de apoio farmacêutico às vítimas.