A investigação reforça as preocupações de saúde pública sobre os riscos associados ao 'vaping', incluindo o desenvolvimento de asma e problemas de saúde mental. A investigação, conduzida pela Universidade de York e publicada no jornal 'Tobacco Control', analisou 56 estudos prévios e concluiu que as evidências sobre a ligação entre o uso de cigarros eletrónicos e o tabagismo futuro são “impressionantes”. Para além de atuarem como uma porta de entrada para o tabaco, os cigarros eletrónicos estão associados a um aumento do risco de asma entre 20% e 36%, bem como a outros problemas respiratórios, dores de cabeça e doenças orais. Su Golder, uma das autoras, defende a necessidade de “medidas de saúde pública mais rigorosas para proteger os adolescentes”.
A visão é partilhada por Ronny Cheung, do Royal College of Paediatrics, que classifica o 'vaping' juvenil como uma “séria ameaça à saúde e ao bem-estar”.
O debate, no entanto, é complexo.
Hazel Cheeseman, da organização Action on Smoking and Health, embora reconheça a necessidade de medidas urgentes, adverte contra a demonização excessiva do 'vaping', sublinhando que este continua a ser uma ferramenta eficaz e menos prejudicial para adultos que tentam deixar de fumar. Esta dualidade coloca um desafio aos reguladores: como proteger os jovens de uma nova forma de dependência da nicotina sem retirar aos fumadores adultos uma alternativa que pode salvar vidas.













