A decisão sobre o imunizante, desenvolvido pelo laboratório franco-austríaco Valneva, segue medidas restritivas já adotadas na Europa e levanta questões sobre o seu perfil de segurança.
A chikungunya é uma doença viral transmitida por mosquitos do género Aedes, que provoca febre e dores articulares severas e incapacitantes.
A suspensão da vacina nos EUA foi motivada por relatos de "vários efeitos secundários graves", incluindo problemas cardíacos e neurológicos.
Esta ação não é inédita; França já havia suspendido a sua utilização e, a nível europeu, a vacina chegou a ser limitada a pessoas com menos de 65 anos, embora a União Europeia tenha posteriormente reavaliado a sua posição, considerando que os benefícios superavam os riscos.
Um relatório chegou a relacionar uma morte com a vacina.
O laboratório Valneva descreveu a decisão da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA como "súbita", argumentando que os efeitos secundários recentemente reportados eram comparáveis aos já conhecidos.
A notícia tem relevância para Portugal, onde o mosquito Aedes aegypti foi identificado na Madeira em 2005 e o Aedes albopictus foi detetado no continente a partir de 2017.
Embora o risco de surtos seja atualmente considerado baixo, as condições para a disseminação do vírus existem, especialmente nos países mediterrânicos, tornando o desenvolvimento de uma vacina segura uma prioridade de saúde pública.
A suspensão nos EUA representa um revés no combate a esta doença com potencial pandémico.













