A medida foi motivada pela deteção de "uma impureza acima do limite aceitável", levantando preocupações sobre a segurança e qualidade de um dos medicamentos mais prescritos para a depressão e ansiedade em Portugal. A decisão abrangeu as dosagens de 50 mg e 100 mg dos medicamentos Sertralina Generis e Sertralina toLife, após os fabricantes, Generis Farmacêutica, S.A. e Towa Pharmaceutical, S.A., terem confirmado o defeito de qualidade e iniciado uma recolha voluntária.
O Infarmed, através de circulares informativas, determinou a suspensão imediata da comercialização e instruiu as entidades de saúde, como farmácias e hospitais, que "não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução". A medida gerou um alerta de saúde pública significativo, dado que a Sertralina é um fármaco amplamente utilizado no tratamento da depressão e de várias perturbações de ansiedade.
De forma crucial para a segurança dos doentes, a autoridade reguladora emitiu uma recomendação clara: os doentes que utilizam os lotes afetados "não devem interromper o tratamento". Em vez disso, devem, "assim que possível, contactar o médico para que este possa analisar a necessidade ou não da substituição por um medicamento alternativo". Esta orientação sublinha o delicado equilíbrio entre mitigar o risco potencial da impureza e evitar os perigos associados à interrupção súbita de um tratamento antidepressivo, que pode levar a sintomas de abstinência ou recaída da doença.













