Os resultados mostraram que as doses mais elevadas foram as mais eficazes.

Ao fim de 12 semanas, 65% dos participantes que receberam a dose de 100 miligramas continuavam a apresentar benefícios clínicos, e quase 50% alcançaram uma remissão temporária da ansiedade.

Os efeitos secundários mais comuns incluíram alucinações, náuseas e dores de cabeça.

Maurizio Fava, autor principal do estudo, destacou que, embora alguns doentes possam necessitar de retratamento, "o efeito duradouro é bastante significativo".

A investigação também observou um efeito placebo, um fenómeno comum em estudos psiquiátricos, mas as melhorias no grupo que recebeu o placebo foram menos de metade das registadas nos doentes medicados com as doses terapêuticas de LSD.

Com base nestes resultados, a MindMed planeia avançar para dois ensaios clínicos de fase III, mais alargados, que são o passo final antes de uma possível submissão para aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) nos EUA.

O potencial terapêutico dos psicadélicos tem ganho tração, com figuras da administração norte-americana, como o Secretário da Saúde Robert F. Kennedy Jr., a manifestarem interesse na sua aplicação, especialmente para veteranos que sofrem de trauma psicológico.