A saúde pública nos Estados Unidos enfrenta um período de forte tensão política, com a administração Trump a tomar medidas que enfraquecem as políticas de vacinação, enquanto estados como Nova Iorque reagem com decretos para garantir o acesso a vacinas. A situação culminou com a demissão da diretora do Centro para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e acusações de ex-diretores contra o secretário da Saúde, Robert Kennedy Jr. A crise intensificou-se com a demissão de Susan Monarez, diretora do CDC, que, segundo os seus advogados, se recusou a aprovar orientações "não científicas e perigosas" propostas por Kennedy Jr., conhecido pela sua posição antivacinas. A situação motivou uma carta aberta de nove ex-diretores do CDC, que lideraram a agência entre 1977 e 2025, acusando o secretário de "pôr em perigo a saúde de todos os norte-americanos" através de despedimentos e cortes em programas de prevenção. Durante uma audiência no Senado, Kennedy Jr. negou as acusações, mas foi confrontado por senadores democratas que o acusaram de ser um "charlatão".
Em resposta a este cenário, a governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, emitiu uma ordem executiva que permite aos farmacêuticos administrar vacinas contra a COVID-19 a maiores de 3 anos sem receita médica, classificando a medida como necessária para "tempos extremos".
Este conflito evidencia uma profunda divisão entre a abordagem política da administração federal e os princípios de saúde pública baseados na ciência, defendidos por especialistas e autoridades estaduais.
Em resumoA política de vacinação nos EUA tornou-se um campo de batalha. A administração Trump, através do Secretário da Saúde Robert Kennedy Jr., promoveu ações vistas como antivacinas, levando à demissão da diretora do CDC e a um protesto de nove ex-diretores. Em resposta, estados como Nova Iorque tomaram medidas de emergência para facilitar o acesso a vacinas, evidenciando um profundo conflito entre a política federal e as autoridades de saúde estaduais.