Estas inovações, incluindo um teste da farmacêutica Roche que já recebeu certificação europeia, prometem um diagnóstico mais simples, barato e acessível, com o potencial de transformar a abordagem a esta doença neurodegenerativa. Um estudo da Universidade da Califórnia em San Diego analisou dados de mais de 5.700 adultos, identificando dois biomarcadores sanguíneos, NfL (um marcador de lesão de células nervosas) e GFAP (um marcador de inflamação cerebral), como indicadores de futuro declínio cognitivo. Hector M. González, um dos autores, destacou a importância de incluir grupos sub-representados na investigação, como os hispânicos, que têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
Paralelamente, a Roche anunciou a obtenção da marcação CE para o seu teste sanguíneo que quantifica a proteína Tau fosforilada 181 (pTau181).
Este teste demonstrou um elevado valor preditivo para excluir a patologia amiloide associada à doença de Alzheimer, oferecendo uma alternativa menos invasiva e mais económica a métodos como a tomografia por emissão de positrões (PET) ou a análise do líquido cefalorraquidiano.
Atualmente, estima-se que até 75% das pessoas com sintomas de Alzheimer não são diagnosticadas, e as que o são enfrentam uma espera média de três anos.
Estes novos testes sanguíneos, embora ainda necessitem de mais estudos para validar a sua utilidade clínica generalizada, são vistos como um complemento crucial às abordagens existentes. Como sublinham os investigadores, "estes testes têm um potencial tremendo, mas devem complementar as abordagens existentes, não substituí-las".













