A decisão surge como um desafio direto às restrições à vacinação impostas pela administração Trump e pelo seu secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr.

Esta ação legislativa enquadra-se num contexto de crescente tensão política nos Estados Unidos em torno das políticas de saúde pública. A administração Trump, através do secretário da Saúde, tem vindo a implementar medidas restritivas, incluindo a demissão de especialistas de renome dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e a imposição de restrições ao acesso a vacinas.

A ex-diretora do CDC, Susan Monarez, alegou ter sido forçada a demitir-se por se recusar a seguir "orientações não científicas e perigosas".

A governadora Hochul justificou a sua decisão como uma forma de garantir a proteção da saúde pública no seu estado, afirmando: "O que impediu que estes números crescessem exponencialmente foi o facto de termos vacinas contra a covid-19 amplamente acessíveis". A medida visa contornar as barreiras federais e manter a vacinação como uma ferramenta de fácil acesso para a população, numa altura em que a administração central demonstra uma posição cética e restritiva. O decreto de Nova Iorque representa, assim, um ato de autonomia estadual em matéria de saúde, priorizando a continuidade das campanhas de vacinação como pilar de defesa contra a doença.