Esta é a segunda época em que o anticorpo monoclonal é disponibilizado gratuitamente, seguindo o sucesso da campanha anterior.

A campanha, que decorre até 31 de março de 2026, visa proteger os lactentes e diminuir o impacto nos serviços de saúde, conforme salienta a Direção-Geral da Saúde (DGS), que pretende "proteger os lactentes nos primeiros meses de vida e reduzir a suscetibilidade individual, a carga de doença e o impacto nos serviços de saúde, nomeadamente o recurso às urgências hospitalares e os internamentos por infeção respiratória". A secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, estimou que sejam abrangidas cerca de 76 mil crianças. A campanha anterior, que protegeu 62 mil crianças, representou um investimento de 13,6 milhões de euros e demonstrou resultados muito positivos.

Verificou-se uma diminuição de aproximadamente 85% nos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos em crianças até aos três meses, e uma redução de 40% em bebés entre os três e os seis meses. Ricardo Costa, da Ordem dos Médicos, classificou os resultados da vacinação como "evidentes com a baixa muito importante do número de admissão nos internamentos e, sobretudo, nos cuidados intensivos". A imunização decorre em maternidades dos setores público, privado e social para recém-nascidos, bem como nos cuidados de saúde primários e hospitais para crianças nascidas nos meses de verão e para aquelas com fatores de risco acrescido, como prematuridade. O anticorpo será também disponibilizado a crianças com menos de 24 meses com risco acrescido, mesmo que já tenham sido imunizadas na campanha anterior.