Portugal iniciou a segunda campanha de imunização gratuita contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças, com o objetivo de proteger cerca de 76 mil menores. A iniciativa, que se segue a uma primeira campanha com resultados muito positivos, visa reduzir o impacto do vírus nos serviços de saúde, nomeadamente os internamentos e as idas às urgências. A campanha, que decorre até 31 de março de 2026, disponibiliza gratuitamente um anticorpo monoclonal para proteger os lactentes nos primeiros meses de vida. A imunização será realizada em maternidades para os recém-nascidos e nos cuidados de saúde primários e hospitais para crianças nascidas a partir de 1 de junho de 2025, bem como para crianças com fatores de risco. A secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, destacou o sucesso da campanha anterior, que resultou numa diminuição de aproximadamente 85% nos internamentos em enfermaria e cuidados intensivos em crianças até aos três meses. Segundo a pediatra Filipa Prata, presidente da Sociedade de Infecciologia Pediátrica, os resultados são evidentes, com uma "diminuição drástica dos internamentos".
A Direção-Geral da Saúde (DGS) sublinha que a medida representa "um marco significativo em saúde pública" e uma "aposta sustentada na prevenção, na promoção da saúde infantil e no bem-estar das famílias".
A iniciativa visa reduzir a suscetibilidade individual, a carga da doença e o impacto nos serviços de saúde, particularmente o recurso às urgências hospitalares durante o outono e o inverno.
Em resumoA segunda campanha de vacinação contra o VSR em Portugal visa imunizar 76 mil crianças, capitalizando o sucesso da época anterior, que reduziu drasticamente os internamentos. A estratégia foca-se na proteção dos lactentes nos primeiros meses de vida através de um anticorpo monoclonal, representando uma aposta sustentada na prevenção e na diminuição da pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde.