Estes fármacos prometem resultados significativos na redução de peso, com a conveniência da administração oral, podendo democratizar o acesso ao tratamento da obesidade. A farmacêutica norte-americana Eli Lilly apresentou resultados promissores para o seu medicamento oral, orforglipron, que demonstrou uma redução de peso corporal de 20% ou mais em 72 semanas de tratamento. Tal como as injeções de Ozempic e Mounjaro, este novo fármaco atua sobre os recetores GLP-1, mas elimina a necessidade de injeções, um fator que constitui uma barreira para muitos pacientes. Os estudos publicados destacam que o perfil de eventos adversos do orforglipron “foi consistente com o de outros agonistas do receptor de GLP-1”, como náuseas e vómitos.
A grande vantagem reside na acessibilidade.
Os cientistas envolvidos no estudo afirmam que a nova formulação oral “pode significar uma expansão das intervenções contra a obesidade para grupos que atualmente são excluídos devido ao custo e à falta de acesso a medicamentos injetáveis”. A Novo Nordisk, outra gigante farmacêutica, também anunciou resultados positivos para uma versão oral do Wegovy, que demonstrou uma perda de peso de até 15%. A transição de tratamentos injetáveis para orais é vista como um passo fundamental para tornar a gestão da obesidade mais simples e acessível a uma população mais vasta, aliviando a carga sobre os sistemas de saúde e os próprios pacientes.