A campanha de vacinação sazonal 2025/2026 contra a gripe e a COVID-19 mobiliza uma vasta operação logística para distribuir três milhões de doses pelas farmácias comunitárias de todo o país. A remuneração das farmácias por este serviço de saúde pública foi definida, mantendo o modelo de proximidade que se revelou eficaz em anos anteriores. A operação, que decorre entre 23 de setembro e 30 de abril, envolve mais de 2 mil profissionais e 600 viaturas, partindo de 26 plataformas logísticas para abastecer cerca de 2.600 farmácias. Nuno Flora, Presidente da ADIFA, sublinha que “Portugal beneficia de um sistema de distribuição farmacêutica altamente eficiente, capaz de colocar vacinas em qualquer ponto do país num curto espaço de tempo”. A manutenção do modelo de vacinação nas farmácias, integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS), demonstra a confiança no papel destes estabelecimentos como pontos de acesso à saúde.
Uma portaria publicada em Diário da República estabelece que as farmácias serão remuneradas em três euros por cada vacina administrada, valor idêntico ao da campanha anterior.
A este montante acresce uma remuneração suplementar de 0,11 euros por dose para compensar os custos com a gestão de resíduos, desde que a taxa de inutilização de vacinas seja no máximo de 1,5%. A vacinação será gratuita para grupos de risco, nomeadamente utentes entre os 60 e os 84 anos.
O Governo justifica a manutenção deste modelo pelo seu “elevado impacto positivo na proteção da saúde pública e na resposta do sistema de saúde”.
Em resumoA campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a COVID-19 reafirma o papel central das farmácias comunitárias na saúde pública, suportada por uma complexa operação logística e um modelo de remuneração estatal que visa garantir a proximidade e acessibilidade para os cidadãos.