A medida surge em plena epidemia da doença no país e gera fortes críticas da comunidade científica, que a considera uma ameaça à saúde pública.
O novo Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) justifica a alteração com o “risco de efeitos secundários mínimos e inofensivos” associados à vacina combinada.
A nova recomendação sugere a administração de duas injeções distintas: uma para sarampo, papeira e rubéola (VASPR) e outra para a varicela. Esta decisão é particularmente alarmante por ocorrer num momento em que os EUA enfrentam “a sua pior epidemia de sarampo em mais de 30 anos, com três mortes, incluindo duas crianças”, e uma quebra nas taxas de vacinação desde a pandemia de COVID-19. Especialistas em saúde pública reagiram de forma veemente.
Sean O’Leary, especialista em doenças infeciosas pediátricas, afirmou que “esta é mais uma estratégia para assustar os pais”.
Outros acusam o comité de repetir “informações falsas e falsificadas”.
A medida é vista como um reflexo da influência de Robert Kennedy Jr., descrito como uma “figura de destaque do movimento antivacinas”, que tem vindo a questionar a segurança das vacinas.
A comunidade científica teme que esta mudança complique o acesso à imunização e semeie dúvidas desnecessárias entre os pais, enfraquecendo ainda mais a imunidade de grupo.