A nova recomendação partiu de um comité consultivo nomeado pelo secretário para a Saúde, Robert Kennedy Jr., uma figura proeminente do movimento antivacinas.

A justificação apresentada foi o risco de “efeitos secundários mínimos e inofensivos”.

Em vez de uma única injeção combinada, a vacinação passará a ser feita através de duas vacinas distintas.

A decisão foi duramente criticada por especialistas, que a consideram uma “estratégia para assustar os pais” e uma medida que irá semear dúvidas e complicar o acesso à imunização.

A epidemiologista Syra Madad afirmou que “qualquer mudança deve fortalecer, e não enfraquecer, o sistema que garante a saúde das nossas crianças”.

O contexto desta mudança é preocupante: as taxas de vacinação contra o sarampo nos EUA caíram de 95% em 2019 para 92,5% em 2024, abaixo do limiar de 95% necessário para a imunidade de grupo.

Como consequência, em 2025, o país já registou três mortes por sarampo, incluindo duas crianças.

A alteração da recomendação é vista como um retrocesso na saúde pública, podendo agravar a epidemia e minar a confiança nas vacinas.