Este avanço tecnológico é a pedra angular da estratégia da Organização Mundial da Saúde para eliminar a doença como ameaça de saúde pública até 2030.
A hepatite C é descrita como uma “doença silenciosa”, que pode permanecer assintomática durante anos, aumentando o risco de complicações graves como cirrose e cancro do fígado.
Estima-se que em Portugal cerca de 100 mil pessoas já tenham tido contacto com o vírus, embora muitas não saibam que têm uma infeção ativa. Os tratamentos atuais, baseados em “antivirais de ação direta”, são curtos, seguros e bem tolerados, representando uma revolução em comparação com as terapias anteriores. A meta da OMS é ambiciosa: reduzir em 90% as novas infeções e em 65% a mortalidade associada até 2030.
Para atingir este objetivo, o Núcleo de Estudo das Doenças do Fígado da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) sublinha que é “indispensável reforçar o rastreio e a consciencialização”.
O teste é simples, rápido e gratuito.
A recomendação de teste abrange grupos de risco específicos, como pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992, utilizadores de drogas injetáveis, pessoas com VIH ou hepatite B e profissionais de saúde. A eliminação da doença depende não só de estratégias de saúde pública, mas também do “empenho de cada um de nós” em promover a informação e o diagnóstico precoce.














