O fármaco demonstrou capacidade para atrasar os problemas cognitivos associados a esta doença neurodegenerativa.

A autorização de introdução no mercado surge após um parecer positivo da Agência Europeia do Medicamento (EMA). A utilização do Kinsunla está, no entanto, restringida a doentes que apresentem uma disposição genética específica, o que implica uma abordagem mais personalizada no tratamento da doença.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando milhões de pessoas em todo o mundo e representando um enorme desafio para os sistemas de saúde e para as famílias. A doença provoca uma deterioração progressiva e irreversível de funções como a memória, a atenção e a linguagem.

Atualmente, os tratamentos disponíveis visam maioritariamente atenuar os sintomas ou retardar a sua progressão, não existindo uma cura.

A aprovação de um novo medicamento como o Kinsunla é, por isso, um passo significativo.

A médica neurologista Tânia Lima, citada num dos artigos, reforça a importância da prevenção, afirmando que “estilos de vida saudáveis podem adiar ou até reduzir o risco de aparecimento da doença de Alzheimer”. Medidas como atividade física regular, estímulo cerebral através da leitura ou aprendizagem, e uma alimentação equilibrada são consideradas estratégias de proteção.

O Dia Mundial da Doença de Alzheimer, assinalado a 21 de setembro, serviu para reforçar a consciencialização sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce, que permite iniciar tratamentos que, como o Kinsunla, podem estabilizar temporariamente as funções cognitivas e melhorar a qualidade de vida dos doentes.