O sistema de Receita Sem Papel atingiu a marca de 471,7 milhões de prescrições totalmente desmaterializadas em Portugal ao longo da última década, consolidando-se como uma ferramenta central na transformação digital do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este marco, divulgado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) no Dia Nacional da Sustentabilidade, reflete uma adesão massiva por parte de profissionais e utentes. Atualmente, a taxa de adesão ao sistema ronda os 96,5%, com uma média de 244 receitas eletrónicas prescritas por minuto nos dias úteis. Só no mês de agosto de 2025, foi estabelecido um novo recorde mensal, com mais de sete milhões de prescrições emitidas. Desde o seu arranque em 2015, o projeto enfrentou desafios, desde a adaptação tecnológica à mudança cultural, mas hoje é considerado um “caso de sucesso de inovação tecnológica”. Ao longo de dez anos, foram prescritas digitalmente mais de 2,63 mil milhões de embalagens de medicamentos, das quais 1,74 mil milhões foram efetivamente dispensadas nas farmácias.
Os SPMS destacam os benefícios para todos os intervenientes: os médicos ganharam em segurança clínica e acesso rápido ao histórico do utente; os farmacêuticos viram o processo de validação agilizado; e os cidadãos beneficiaram de maior comodidade.
Além disso, o sistema permitiu uma monitorização mais eficaz e a redução de custos e do consumo de papel.
A evolução do projeto incluiu a introdução da assinatura digital e a interoperabilidade transfronteiriça.
O próximo passo, já em desenvolvimento, será a integração de ferramentas de inteligência artificial para reforçar a eficiência e segurança do sistema.
Em resumoAo fim de uma década, a Receita Sem Papel consolidou-se como um pilar da modernização do SNS em Portugal, com mais de 470 milhões de emissões. O sistema não só aumentou a eficiência e a segurança na prescrição de medicamentos, como também gerou ganhos de sustentabilidade, preparando-se agora para incorporar inteligência artificial na sua próxima fase de evolução.