Investigadores britânicos anunciaram que o tratamento conseguiu retardar o avanço da doença em 75%, oferecendo uma nova esperança a doentes e famílias. A Doença de Huntington é uma condição hereditária que provoca a morte progressiva de células cerebrais, resultando numa combinação de sintomas semelhantes aos da demência, Parkinson e doença do neurónio motor.

Até agora, não existia qualquer tratamento capaz de travar ou reverter a sua evolução, com as terapias disponíveis a focarem-se apenas no alívio dos sintomas.

O novo tratamento, testado em ensaio clínico, representa um avanço significativo na abordagem desta patologia.

Embora os detalhes específicos do mecanismo de ação não sejam totalmente explicitados nos artigos, a abordagem como “terapia genética” sugere uma intervenção ao nível do ADN para corrigir ou mitigar o defeito genético que causa a doença.

A redução de 75% na progressão da doença é um resultado sem precedentes e, caso se confirme em estudos mais alargados, poderá alterar radicalmente o prognóstico dos doentes.

A comunidade científica encara esta descoberta com otimismo, pois abre portas para o desenvolvimento de tratamentos modificadores da doença, não apenas para Huntington, mas potencialmente para outras doenças neurodegenerativas com base genética.