A diretora-geral da Efpia, Nathalie Moll, classificou a medida como “o pior cenário possível”, afirmando que estes impostos “interrompem as cadeias de abastecimento”. A reação surge após o anúncio do Presidente norte-americano, Donald Trump, de que, a partir de 1 de outubro, os EUA irão impor uma tarifa de 100% sobre as importações de “qualquer produto farmacêutico de marca ou patenteado”. A medida prevê uma exceção para as empresas que construam fábricas nos Estados Unidos, numa clara tentativa de incentivar a produção local.
A indústria farmacêutica europeia, que há meses se encontrava em alerta sobre a reintrodução de tarifas após mais de 30 anos de isenção, vê agora os seus receios confirmados. Nathalie Moll defendeu que a União Europeia e os Estados Unidos já possuem um acordo comercial em vigor e que as discussões deveriam centrar-se em como a UE pode melhorar o seu apoio ao custo da investigação e desenvolvimento globais, “de forma a não prejudicar os doentes na UE e nos Estados Unidos”. A imposição destas tarifas poderá ter um impacto significativo no preço final dos medicamentos para os consumidores e para os sistemas de saúde, além de criar barreiras comerciais que afetam a disponibilidade de tratamentos essenciais em ambos os lados do Atlântico.













