A infeção crónica pode levar a complicações graves como cirrose e cancro do fígado. A médica Joana Calvão, do Núcleo de Estudo das Doenças do Fígado da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, sublinha que “para que estes benefícios cheguem a todos, é essencial identificar a infeção atempadamente”. Portugal subscreveu a meta da Organização Mundial da Saúde de eliminar a hepatite C como ameaça de saúde pública até 2030.

Para atingir este objetivo, é crucial reforçar o rastreio, especialmente em grupos de risco. Estes incluem pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992, utilizadores de drogas injetáveis, indivíduos com tatuagens ou piercings realizados em contextos inseguros e doentes em hemodiálise.

O teste é descrito como “simples, rápido e gratuito” e, quando positivo, permite iniciar um tratamento curativo que não só protege a saúde do indivíduo, como também interrompe a cadeia de transmissão do vírus.