Esta nova ferramenta técnica visa consolidar e atualizar as estratégias de imunização, adaptando-as à evolução científica e aos desafios epidemiológicos contemporâneos.

Considerado pela diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, como “sem dúvida alguma o maior e mais custo-efetivo programa de saúde pública nacional”, o PNV foi fundamental para a drástica redução da mortalidade infantil em Portugal, que passou de 76 óbitos por mil nados-vivos em 1960 para cerca de três em 2024. A antiga diretora-geral, Graça Freitas, recordou os primórdios do programa em 1965, que começou com seis vacinas e uma “campanha brutal de vacinação” contra a poliomielite, permitindo erradicar a doença no país em apenas um ano.

Para responder aos desafios atuais, como o envelhecimento populacional e a desinformação, a DGS lançou o “Livro Azul de Vacinas”.

Descrito por Rita Sá Machado como “um documento dinâmico, colaborativo, ágil e em constante atualização”, o livro agrega toda a informação relevante sobre vacinas e imunização.

O objetivo é apoiar os profissionais de saúde com a evidência científica mais recente e promover uma comunicação clara sobre os benefícios da vacinação. O documento estrutura-se em quatro partes, abrangendo o PNV, os princípios gerais da vacinação, as doenças evitáveis e a vacinação do viajante.

Esta iniciativa representa “uma forma diferente” de encarar a vacinação, permitindo uma atualização contínua da estratégia vacinal para responder com maior rapidez às necessidades.