Novas terapias, como fármacos biológicos e de alvo específico, estão a revolucionar a qualidade de vida dos doentes, embora o acesso equitativo continue a ser um desafio. As doenças reumáticas, que incluem um vasto conjunto de patologias muitas vezes de natureza autoimune como o lúpus ou a artrite, representam uma das principais causas de incapacidade física prolongada e perda de autonomia em Portugal.
Estima-se que 56% da população possa ter uma doença reumática, enfrentando um impacto significativo na sua vida pessoal e profissional.
Segundo Natália Oliveira, Coordenadora da Unidade de Doenças Autoimunes da ULSTS, os “avanços terapêuticos das últimas décadas — dos fármacos biológicos às terapias alvo dirigidas a vias específicas da resposta imunitária — transformaram o prognóstico de muitos doentes”. Estes novos medicamentos permitem um melhor controlo da doença e oferecem uma qualidade de vida muito superior à de décadas passadas.
Apesar destes progressos, a deteção precoce continua a ser fundamental para evitar complicações a longo prazo.
O médico internista desempenha um papel crucial na identificação de sinais e sintomas multissistémicos, como dores articulares persistentes, febre ou fadiga intensa, que exigem uma investigação especializada.
No entanto, persistem desafios importantes, como a necessidade de definir estratégias terapêuticas personalizadas, gerir comorbilidades e, sobretudo, “garantir acesso equitativo às terapias inovadoras”.
A par da medicação, a integração de medidas não farmacológicas, como exercício físico e apoio psicológico, é cada vez mais sustentada pela evidência científica como parte essencial de uma abordagem holística.














