A Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN) adverte contra "soluções falsas ou clinicamente inválidas".
O Grupo de Estudos sobre Distúrbios do Sono e da Vigília da SEN manifestou preocupação com a proliferação de produtos que fazem “afirmações e propostas categóricas sem validade científica”. A neurologista Célia García Malo, coordenadora do grupo, indicou que, embora o interesse pela importância do sono seja positivo, o mercado está saturado de ofertas enganosas.
Entre os produtos mencionados encontram-se suplementos, comprimidos, ‘sprays’, chás, almofadas especiais e aplicações de meditação.
Segundo os especialistas, estes tratamentos sem receita médica frequentemente não produzem os resultados esperados, causando frustração nos doentes.
O principal risco é que a sua utilização atrasa a procura de ajuda médica adequada, o que pode agravar a insónia crónica. “A realidade é que nenhum destes produtos se mostrou eficaz no tratamento desta perturbação”, acrescentou Célia García Malo, que atribui a popularidade destes produtos a uma “indústria com grande poder de `marketing´”.
Os neurologistas recomendam que as pessoas com dificuldades em dormir consultem profissionais de saúde para um diagnóstico correto e acesso a tratamentos com eficácia comprovada, como a terapia cognitivo-comportamental. Em Portugal, os gastos com medicamentos não sujeitos a receita médica para este fim atingiram cerca de 20 milhões de euros em 2022.














