O relatório destaca que as bactérias Gram-negativas, como a E. coli e a Klebsiella pneumoniae, estão a tornar-se mais perigosas.

Mais de 40% das infeções da corrente sanguínea por E. coli e mais de 55% por K. pneumoniae são agora resistentes às cefalosporinas de terceira geração, o tratamento de primeira linha. A perda de eficácia estende-se a antibióticos essenciais como os carbapenemos e as fluoroquinolonas.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, afirmou que “a resistência antimicrobiana está a ultrapassar os avanços da medicina moderna, ameaçando a saúde das famílias em todo o mundo”. A OMS apela a uma ação concertada, incluindo o reforço dos sistemas de vigilância, o uso responsável de antibióticos, o acesso a diagnósticos de qualidade e a inovação em novos medicamentos e testes rápidos, sublinhando que o futuro depende de uma abordagem integrada que envolva os setores da saúde humana, animal e ambiental.