A ação fiscalizou 127 operadores económicos, incluindo ervanárias, parafarmácias, supermercados e plataformas online.

As principais infrações detetadas pela ASAE foram o desrespeito pelas regras de anúncio de venda com redução de preços e, de forma mais preocupante, o incumprimento das normas relativas às menções obrigatórias na rotulagem dos géneros alimentícios. Esta última falha levou à apreensão de 150 unidades de suplementos.

A operação expõe as fragilidades de um mercado em expansão, onde a fiscalização se revela crucial para a proteção da saúde pública. A situação enquadra-se num problema mais vasto de desinformação em saúde, como alertado por Sara Beatriz Monteiro, diretora do Viral Check.

A jornalista critica a falta de regulação sobre os produtos naturais e suplementos, que não são sujeitos aos mesmos critérios rigorosos dos medicamentos. Esta lacuna permite que sejam promovidos produtos “com promessas milagrosas” que, na realidade, “não são eficazes”.

A promoção destes produtos, tanto nas redes sociais como em programas de televisão, atinge sobretudo pessoas com menor literacia científica.

A ASAE garantiu que continuará a desenvolver ações de fiscalização para salvaguardar a segurança alimentar e a saúde dos consumidores, num setor onde a fronteira entre bem-estar e risco pode ser ténue.