O médico reumatologista Tiago Meirinhos destaca três desafios principais: o subdiagnóstico, com muitas pessoas a desconhecerem que têm a doença; a hesitação em iniciar o tratamento mesmo após o diagnóstico; e a baixa adesão terapêutica.
Sendo uma doença silenciosa e assintomática até à ocorrência de uma fratura, os doentes “não sentem o real benefício dos fármacos, pelo menos no curto prazo, o que compromete a sua motivação”. Existe uma ideia errada de que a osteoporose se manifesta através de dor, quando na realidade a dor só surge com uma fratura. Muitos desvalorizam a doença, considerando normal que os ossos se tornem mais frágeis com a idade, mas o especialista é claro: “não é normal uma senhora com 75 anos fraturar a anca e ficar dependente de uma cadeira de rodas”. Existem ferramentas de diagnóstico rápido, como o FRAX, que permitem avaliar o risco de fratura em menos de um minuto.
Além das opções terapêuticas farmacológicas, medidas como uma dieta rica em cálcio e vitamina D, exposição solar e exercício físico em carga, como uma caminhada diária, são essenciais para a prevenção e devem ser adotadas desde tenra idade.













