O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe, sublinhou a pertinência de uma reflexão que toca em questões que “desafiam profundamente a consciência ética dos farmacêuticos”, defendendo um equilíbrio entre o “respeito pela vida, a autonomia da pessoa e a garantia de cuidados compassivos”.
Para além do debate ético, a discussão foca-se também na expansão do papel clínico do farmacêutico.
Um exemplo prático desta evolução é a sua intervenção na osteoporose.
Os farmacêuticos comunitários estão numa posição privilegiada para atuar na prevenção primária, identificando fatores de risco como sedentarismo ou défices de cálcio, e na prevenção secundária, utilizando ferramentas de avaliação de risco de fratura como o FRAX para encaminhar utentes para avaliação médica. Adicionalmente, são essenciais na promoção da adesão terapêutica, explicando a toma correta dos medicamentos e ajudando na gestão de efeitos adversos.
Esta dupla abordagem, que combina a reflexão ética com a expansão de competências clínicas, demonstra a vontade da profissão de se afirmar como um agente de saúde mais integrado e proativo.












