O Governo nega a existência de cortes, falando antes num reforço da eficiência na gestão dos recursos.
A polémica surgiu com a notícia de que a DE-SNS, liderada por Álvaro Almeida, teria orientado os administradores hospitalares a reduzir a despesa, o que poderia levar a um abrandamento no ritmo de cirurgias e consultas.
A Ordem dos Médicos considerou a instrução "profundamente lamentável" e "pouco ético", com o seu bastonário, Carlos Cortes, a acusar o diretor-executivo de prestar um "papel lamentável".
Em resposta, Álvaro Almeida acusou o bastonário de "populismo e demagogia".
Os sindicatos de enfermeiros também reagiram veementemente, com o SEP a afirmar que "já ninguém acredita" que o Governo não vá cortar no SNS e a Ordem dos Enfermeiros a alertar que a redução da despesa não pode limitar o acesso aos cuidados.
Do lado do executivo, a narrativa é outra.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, negou a existência de cortes, afirmando que a orientação, que assumiu como sua, visa uma "maior eficiência" e o combate ao desperdício.
O Ministério da Saúde admitiu que o orçamento é "exigente", mas prometeu mais serviços com os mesmos recursos, focando-se numa gestão "cada vez mais eficiente".
Esta divergência de posições cria um clima de tensão e incerteza sobre o futuro do financiamento do SNS.














