Em paralelo, a sociedade civil mobiliza-se para apoiar os doentes e a investigação científica apresenta novos avanços promissores.

A realidade da doença oncológica no país é multifacetada.

Por um lado, há notícias preocupantes, como o aumento da incidência do cancro do pâncreas, particularmente entre adultos na faixa dos 40 aos 55 anos. No cancro da mama, subtipos mais agressivos como o Triplo Negativo afetam uma percentagem significativa dos novos casos diagnosticados.

O acesso ao diagnóstico também enfrenta obstáculos, como demonstra a necessidade do IPO de Lisboa de recorrer a entidades externas para a realização de ressonâncias magnéticas da mama devido à elevada procura.

Por outro lado, a investigação traz esperança, com avanços que já permitem curas em casos iniciais de cancro do pâncreas.

O fardo da doença não é apenas clínico, mas também social e económico.

Uma carta aberta, assinada por mais de 30 mil pessoas, exige apoios mais justos para as famílias de crianças com cancro, que enfrentam perdas de rendimento substanciais.

Neste contexto, o papel da sociedade civil é fundamental.

O peditório anual da Liga Portuguesa Contra o Cancro, por exemplo, apoiou no ano passado quase 22 mil doentes, ajudando a custear medicação, transporte e alimentação, mostrando a importância da solidariedade para complementar a resposta do Estado.