Segundo a presidente da APCP, Catarina Pazes, a proposta orçamental do Governo não confere a devida prioridade ao reforço das equipas comunitárias de cuidados paliativos, que são essenciais para levar apoio a casa dos doentes. A referência no documento ao fortalecimento das redes de cuidados continuados e paliativos é classificada como "genérica", pois não distingue a natureza clínica, especializada e multidisciplinar que estes cuidados exigem.

A associação critica a ausência de uma estratégia definida e de um investimento concreto que permita expandir a cobertura e a qualidade dos serviços.

Esta lacuna no planeamento e financiamento significa que muitos doentes em fim de vida e com doenças crónicas avançadas continuam sem acesso a cuidados que poderiam aliviar a dor e outros sintomas, bem como oferecer apoio psicossocial a si e às suas famílias.

A denúncia da APCP evidencia uma falha significativa na resposta do sistema de saúde a uma necessidade crescente e fundamental para a dignidade humana.