O psiquiatra Pedro Afonso, autor do livro ‘(Quase) sempre online’, alerta para "alterações neurofuncionais no sistema nervoso central" em crianças e adolescentes devido à exposição excessiva aos ecrãs, aconselhando a não exceder as três horas diárias.
Defende ainda que as plataformas digitais devem ser responsabilizadas pelos danos e obrigadas a advertir sobre os efeitos nocivos do seu consumo.
A pediatra Helena Fonseca, especialista em medicina do adolescente, corrobora esta preocupação, notando um agravamento de sintomas como "irritabilidade, nervosismo e medo", bem como um aumento dos comportamentos de automutilação, que surgem cada vez mais cedo.
No entanto, a médica sublinha um aspeto positivo: os jovens estão hoje mais abertos a pedir ajuda e a falar sobre saúde mental.
A experiência de Manuela Reis, que foi diagnosticada com depressão aos 15 anos e mais tarde enfrentou um burnout, ilustra a realidade de muitos jovens. Agora, aos 21 anos, partilha a sua jornada nas redes sociais, mostrando a importância de procurar apoio.
Américo Nave, psicólogo clínico, também liga a saúde mental à estabilidade de vida, afirmando que "viver na rua destrói a saúde mental".













