Esta substância, popularizada em certas subculturas, é uma mistura de xarope para a tosse com codeína, refrigerantes e, por vezes, álcool, resultando num cocktail com efeitos sedativos e eufóricos. A investigação revelou que as drogas fabricadas não se destinavam apenas ao consumo local, mas seriam “transportadas e comercializadas em países terceiros”, o que aponta para a existência de uma rede organizada com ramificações internacionais. Este caso ilustra um desafio complexo para as autoridades, que vai além do combate ao tráfico de rua. Implica a necessidade de uma vigilância apertada sobre o circuito legal dos medicamentos, desde a prescrição até à dispensa, para prevenir que fármacos com potencial de abuso sejam desviados para fins ilícitos. A ação da PJ em Aveiro sublinha a importância de uma abordagem multifacetada que combine a repressão criminal com a regulação e fiscalização do setor farmacêutico.