A certificação da OMS confirma que o Brasil cumpriu critérios rigorosos, incluindo uma taxa de transmissão vertical inferior a 2% e uma cobertura superior a 95% tanto nos cuidados pré-natais como no tratamento de grávidas seropositivas.

Este sucesso é amplamente atribuído à robustez do Sistema Único de Saúde (SUS), o sistema de saúde público e universal do país, que garante o acesso gratuito a testes, aconselhamento e, crucialmente, à terapia antirretroviral. A administração de medicamentos antirretrovirais a mulheres grávidas com VIH e aos seus recém-nascidos é a intervenção chave que impede a transmissão do vírus, tornando o acesso a estes fármacos um pilar fundamental da estratégia.

O diretor-geral da OMS descreveu o feito como uma “grande conquista em saúde pública para qualquer país”, sublinhando a sua importância no cenário global.

A vitória do Brasil demonstra que, mesmo perante desafios socioeconómicos consideráveis, políticas de saúde pública consistentes e um compromisso com o acesso universal a medicamentos essenciais podem produzir resultados transformadores, oferecendo esperança e um modelo a seguir para outras nações que ainda lutam para controlar a epidemia de VIH/SIDA.