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Política July 25, 2025

Governo Indigita Álvaro Santos Pereira para Governador do Banco de Portugal

O Governo da Aliança Democrática (AD) indigitou o economista e ex-ministro Álvaro Santos Pereira para suceder a Mário Centeno como Governador do Banco de Portugal, uma decisão que marca uma viragem na liderança do supervisor financeiro e quebra a tradição de recondução para um segundo mandato. A nomeação, anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, foi justificada como sendo a "melhor escolha" para o cargo, destacando a independência e o prestígio internacional do atual economista-chefe da OCDE. O Governo fez questão de diferenciar esta nomeação da de Mário Centeno, que transitou diretamente do Ministério das Finanças para o Banco de Portugal, argumentando que Álvaro Santos Pereira está afastado de funções governativas há mais de uma década. A escolha gerou um intenso debate político. O Partido Socialista, pela voz de José Luís Carneiro e Miguel Cabrita, classificou a não recondução de Centeno como uma "decisão negativa" e "exclusivamente política", que quebra um "compromisso histórico". A restante esquerda parlamentar partilhou desta visão, com o Bloco de Esquerda, o PCP, o Livre e o PAN a criticarem a escolha de um "ministro da troika", associando-o a políticas de austeridade. A Iniciativa Liberal, embora saudando a saída de Centeno, manifestou dúvidas sobre a independência de um ex-ministro nomeado por um governo do mesmo quadrante político. Em contrapartida, o Chega considerou a nomeação um "mal menor", e figuras como Luís Marques Mendes elogiaram a "independência e reconhecimento internacional" de Santos Pereira. A nomeação ocorre num contexto de controvérsia em torno da nova sede do Banco de Portugal, um processo que levou o Governo a solicitar uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças.

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ai briefingEm resumo
A substituição de Mário Centeno por Álvaro Santos Pereira no Banco de Portugal representa uma significativa mudança de poder numa instituição fulcral, desencadeando um forte confronto político entre o Governo, que defende a competência e independência do nomeado, e a oposição, que acusa o executivo de partidarização do cargo.

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