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Política July 29, 2025

Estratégias de coligações e candidaturas independentes marcam o arranque para as eleições autárquicas

A menos de três meses das eleições autárquicas de 12 de outubro, o cenário político local é marcado por uma forte aposta em coligações alargadas, tanto à esquerda como à direita, e por um aumento de candidaturas independentes resultantes de cisões nos principais partidos. Esta dinâmica reflete um realinhamento de forças e a intensificação de disputas internas pelo poder local, que terão repercussões na política nacional.

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À direita, a fórmula da Aliança Democrática (AD) é replicada e expandida. Em Lisboa e no Porto, as coligações 'Por Ti, Lisboa' e 'O Porto Somos Nós' juntam PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal (IL) em torno dos candidatos Carlos Moedas e Pedro Duarte, respetivamente. Noutros concelhos como Sintra e Faro, o PAN junta-se a esta aliança de direita. À esquerda, a união também é a estratégia dominante, com o PS a coligar-se com Livre, BE e PAN em Lisboa para apoiar Alexandra Leitão, numa tentativa de reconquistar a capital. Um fenómeno notável é o surgimento de candidaturas independentes lideradas por figuras proeminentes dos partidos tradicionais. Em concelhos como Alenquer, Espinho, Mafra e Paços de Ferreira, vice-presidentes e vereadores do PS e do PSD, descontentes por não terem sido escolhidos como cabeças de lista, avançam por conta própria, evidenciando fraturas internas. Paralelamente, o Chega anunciou uma aposta estratégica nacional, com André Ventura a garantir que o partido terá candidaturas “a todos os 308 municípios do país”, visando consolidar-se como uma força de poder local e desafiar o domínio do PS e do PSD, que há duas décadas se alternam na liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

ai briefingEm resumo
O período pré-autárquico revela uma reconfiguração do poder local, com os principais partidos a apostarem em coligações alargadas para maximizar resultados. Simultaneamente, conflitos internos no PS e PSD estão a alimentar uma vaga de candidaturas independentes, enquanto o Chega procura uma implantação nacional, tornando as eleições de outubro um teste crucial para as dinâmicas partidárias.

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