À direita, a fórmula da Aliança Democrática (AD) é replicada e expandida. Em Lisboa e no Porto, as coligações 'Por Ti, Lisboa' e 'O Porto Somos Nós' juntam PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal (IL) em torno dos candidatos Carlos Moedas e Pedro Duarte, respetivamente. Noutros concelhos como Sintra e Faro, o PAN junta-se a esta aliança de direita. À esquerda, a união também é a estratégia dominante, com o PS a coligar-se com Livre, BE e PAN em Lisboa para apoiar Alexandra Leitão, numa tentativa de reconquistar a capital. Um fenómeno notável é o surgimento de candidaturas independentes lideradas por figuras proeminentes dos partidos tradicionais. Em concelhos como Alenquer, Espinho, Mafra e Paços de Ferreira, vice-presidentes e vereadores do PS e do PSD, descontentes por não terem sido escolhidos como cabeças de lista, avançam por conta própria, evidenciando fraturas internas. Paralelamente, o Chega anunciou uma aposta estratégica nacional, com André Ventura a garantir que o partido terá candidaturas “a todos os 308 municípios do país”, visando consolidar-se como uma força de poder local e desafiar o domínio do PS e do PSD, que há duas décadas se alternam na liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
