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Política August 2, 2025

Reforma do Estado Inicia-se com Extinção da FCT, Gerando Controvérsia Política e Académica

O Governo deu início a uma profunda reforma do Estado com a reestruturação do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que inclui a extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e da Agência Nacional de Inovação (ANI). A medida, que visa criar uma nova Agência para a Investigação e Inovação, gerou forte contestação da oposição e da comunidade científica, e um aviso de veto por parte do Presidente da República. Esta reestruturação constitui uma das primeiras grandes reformas do Governo de Luís Montenegro, sinalizando uma alteração de fundo na arquitetura do Estado e na política para a ciência.

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O ministro Fernando Alexandre justificou a decisão com a necessidade de tornar a administração mais eficaz e menos burocrática, descrevendo a estrutura do ministério como “anacrónica”.

No entanto, a forma como a medida foi anunciada, sem diálogo prévio, desencadeou uma vaga de críticas.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou “incompreensível” que se tenha avançado “sem um diálogo prévio com as instituições do ensino superior, com os investigadores”.

A comunidade científica, através de sindicatos e associações de bolseiros, ecoou esta crítica, manifestando surpresa e preocupação com o futuro do financiamento à investigação fundamental.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elevou a contestação a um nível institucional, admitindo vetar o diploma se tiver dúvidas “sobre um ponto que seja”.

Marcelo estabeleceu um paralelo com a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), alertando que a “pura extinção, só por si, pode não ser uma boa ideia” e pode resultar num “berbicacho”.

Esta posição presidencial abre a porta a um potencial conflito institucional, colocando o Governo sob pressão para justificar detalhadamente os méritos da reforma e garantir a estabilidade do sistema científico.

ai briefingEm resumo
A extinção da FCT marca um ponto de viragem na política científica e de inovação em Portugal, representando uma das primeiras grandes reformas do atual Governo. A controvérsia gerada pela falta de diálogo prévio e as dúvidas sobre o futuro do financiamento à ciência colocam o executivo sob forte escrutínio político e social, com um potencial confronto institucional com o Presidente da República.

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