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Política August 2, 2025

Governo Sinaliza Intenção de Reconhecer Estado da Palestina e Inicia Consultas Políticas

O Governo português anunciou a intenção de considerar o reconhecimento do Estado da Palestina em setembro, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, uma decisão que marca uma potencial viragem na política externa nacional. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, iniciará um processo de auscultação ao Presidente da República e aos partidos, gerando um intenso debate no espectro político sobre o timing e a forma da decisão.

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Esta mudança de posição de Portugal, formalizada numa declaração conjunta com outros 14 países, insere-se num movimento diplomático crescente na Europa, impulsionado por nações como França, Reino Unido e Espanha.

O Governo de Luís Montenegro, que até agora defendia que um reconhecimento isolado seria “inconsequente”, justifica a alteração com o “agravamento da situação” em Gaza e os compromissos assumidos pela Autoridade Palestiniana.

O primeiro-ministro defende um “percurso paulatino, seguro, consistente”, com o objetivo de alcançar a “paz no Médio Oriente”.

A decisão gerou reações diversas: à esquerda, partidos como o PS, BE e PCP consideram a medida “tardia”, argumentando que Portugal já deveria ter dado este passo há muito tempo.

O candidato presidencial António Filipe (PCP) lamentou que o país só agora tome esta posição, defendendo que devia ter saído “de uma verdadeira lista da vergonha”. À direita, o Chega defende que a decisão deve ser consensual a nível europeu, enquanto o candidato presidencial Luís Marques Mendes a classificou como “inevitável”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou o processo “muito prudente e muito sensato” do Governo, salientando a importância da concertação com parceiros europeus.

ai briefingEm resumo
A intenção de reconhecer o Estado da Palestina posiciona Portugal no centro de um movimento diplomático europeu e global, refletindo uma mudança de paradigma face ao conflito israelo-palestiniano. A decisão, embora ainda dependente de consultas internas, já redefiniu o debate político nacional sobre o papel de Portugal no Médio Oriente e a sua autonomia na cena internacional.

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